
sábado, 2 de agosto de 2014
Série de Mangás favoritos: Sun Ken Rock
Sempre fui uma leitora voraz e apesar de possuir minhas preferências literárias no estilo prosa, desde tenra juventude aprendi a gostar da arte dos mangás. Aprecio sempre a arte de mestres consagrados desse estilo, venho acompanhando a novas gerações que estão surgindo nesses últimos anos. Um desses mangakás que muito aprecio é o Boichi, coreano que reside no Japão, cujo trabalho tenho acompanhado nos últimos dois anos e que é dono de um traço estilístico surpreendente e inovador. 
Em sua produção como mangaká, esse oriental esbanja maestria em gêneros que vão desde hentais até ficção científica. Na atualidade acompanho duas de suas revistas editadas no Japão: a Sun Ken Rock e Wallman. A sun ken rock está no arco final e deve terminar em breve. Vejamos algumas das impressões que tenho dessa notável série. O protagonista da história é um jovem japonês (acredito que era para atingir o público alvo) que após perder a família para a organização criminosa conhecida como o Clã do Dragão Branco, passa a ter um comportamento rebelde e agressivo. A escola que ele frequentava parecia um internato para alunos de família que possuía algum poder aquisitivo. No obstante Ken Kitano não possui passado e nem futuro. Nessa escola ele conhece Yumin, uma garota que nada mais é que a filha única (sobrevivente) do chefe do clã do Dragão Branco Ryu Yoshizawa, o mandante da morte dos pais do Ken. Como Yumin é uma garota de acentuada beleza e demonstra algum interesse por ele, Ken a corteja, mas é rejeitado. Yumin vai para a Coreia e constrói uma carreira como policial e depois de um certo tempo Ken a ver numa reportagem e decide ir a Coreia para tornar-se um policial também. Só que o destino de Ken parece traçado: ele não consegue o que almeja, se deprime, e se não fosse a paciência do dono do apto em que mora aceita-lo mesmo sem receber o pagamento e um velho que lhe fornece comida, ele estaria perdido. Ken é convidado por um jovem mafioso e de percepção aguçada para negócios escusos chamado Tae Soo Park, para fazer parte de uma Gondal(gangue). A principio, Ken recusa, mas devido as circunstâncias, resolve aceitar. Dentro dessa história que tem no Street Fight seu eixo de sustentação, o autor dá voz a suas reflexões sobre política, Estado, Xenofobias, heterogenia do mundo asiático, com muito humor e erotismo. Perpassa as leituras, os filmes, a visão de mundo de um homem e o seu tempo. O visual dos personagens de ambos os gêneros é o que de cara me impressiona. Mulheres voluptuosas, homens belíssimos de traços longilíneos, coisa rara em mangás. Os olhos são peculiares sem aquele exagero de tamanho muito comum nos mangás voltados para jovens. Uma arte adulta que impressiona e consegue surpreender até os mais céticos a respeito do gênero. Depois de 143 níveis, Sun Ken Rock se aproxima do seu clímax e suspeito que o protagonista morrerá. Mas a essência do personagem é a mesma. O que Ken queria era viver uma vida normal e ter a garota dos seus sonhos. Pelo menos a segunda parte ele realizou. Espero que Boichi saiba concluir essa maravilhosa série que tantas alegrias me deu. Se você é um leitor com melindres e excesso de conservadorismo, não leia. Sun Ken Rock é para os fortes. Você encontra em alguns sites a série e aqui no link na integra. http://sunkenrock.com/

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