terça-feira, 1 de dezembro de 2015
A Odisseia
A Odisseia é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, escrito por Homero. Esse épico relata o regresso de Ulisses, o humano guerreiro e herói da Guerra de Troia. Essa é a principal proposição, contar a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou. Depois de ter destruído a acrópole sagrada de Troia, que viu cidades e conheceu costumes de tantos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quando lutava pela vida e pelo regresso dos seus companheiros”.
Ulisses levou dezessete anos para chegar a sua terra Ítaca, depois da Guerra de Troia, que durou por sua vez, dez anos. Vejamos o percurso dessa obra maravilhosa que alcança séculos de leitores e admiradores de todas as partes do mundo e que estabeleceu um dos firmes pilares da identidade cultural do povo grego e fincou suas firmes influências no desenvolver de todo o pensamento ocidental.
Personagens Principais:
Odisseu ou Ulisses para os latinos: Rei de Ítaca, filho de Laerte e Anticleia, pai de Telêmaco, marido de Penélope. Odisseu é um guerreiro grego modelo de destemor, força, coragem, inteligência e que se diz independente dos deuses. No final de seu trajeto dificílimo, ele admite o oposto.
Penélope: Esposa de Odisseu, mãe de Telêmaco. A rainha que tece a vestimenta de dia e a desfaz no tear de noite para angariar tempo e não ceder a pressão de escolher pretendente para ocupar o trono vago de seu esposo.
Telêmaco: Filho de Odisseu e Penélope, símbolo da virtude Piedade – aquele que tudo faz pela família, sendo fiel aos deuses e que se importa com a coletividade.
Laerte: Pai de criação de Odisseu, esposo de Anticleia que já se achava grávida e um homem de idade avançada.
Anticleia: mãe de Odisseu, esposa de Laerte, estranhamente apegada a Odisseu, comete suicídio quando o mesmo parte para a guerra, por não suportar sua falta.
Atena: Deusa protetora de Odisseu
Poseidon: Deus dos mares e espírito de oposição ao sucesso de Odisseu
Laocoontes: O sábio vidente de Troia
Calipso: Ninfa do mar, uma poderosa feiticeira que detinha poder sobre a vida e a morte. Apaixonada por Odisseu lhe propõe e imortalidade em troca de seu amor.
Zeus: o Senhor do Olimpo e Deus dos deuses.
Euricleia: velha ama de Odisseu
Eurímaco: Um dos pretendentes de Penélope.
Nestor: rei dos Pilos.
Pisístrato: Filho de Nestor.
Menelau: Rei de Esparta e marido de Helena
Helena: a mulher de estonteante beleza, esposa de Menelau e a causadora do conflito da Guerra de Troia, por ter sido raptada por Páris.
Hermes: o deus mensageiro
Nausícaa: Filha de Alcinoo, rei dos Feácios
Aedo: Proclamadores de epopeias e declamadores profissionais
Circe: poderosa feiticeira que transformava homens em animais
Hades: rei do domínio sombrio dos mortos
Tirésias: sábio cego, que morto ainda profetiza a Odisseu na região abissal
Sereias: mulheres aves de belo canto
A obra incompleta está composta de XXIV Cantos ou Rapsódias.
Canto I: Breve invocação-proposição e inicio da narração
Concílio dos deuses que, reunidos no Olimpo, na ausência de Poseidon, decide que Odisseu, retido por Calipso na ilha Ogigia, regresse a Ítaca. Por sugestão de Atena, o jovem Telêmaco parte em busca de noticias do pai.
Canto II: Telêmaco convoca a Assembleia de Ítaca para ir a Pilos e Esparta. A deusa Atena disfarçada de Mentor o acompanha.
Canto III: São recebidos no palácio de Nestor em Pilos, esse conta-lhes o fim de Agamenone os aconselha a ir a Esparta falar com Menelau.
Canto IV: recebidos em Esparta, passam a conhecer como foi o fim da Guerra de Troia e as circunstâncias do regresso de Menelau. Nesse ínterim, os pretendentes de Penélope em Ítaca armam uma emboscada para Telêmaco.
Canto V: Hermes, designado pelos deuses, chega a Ogigia e fala que a ninfa Calipso deixe Odisseu regressar a Ítaca. Esse então constrói uma jangada e lança-se ao mar, mas é perseguido por Poseidon e acaba naufragando junto a costa dos Feácios, Esquéria.
Canto VI: a jovem princesa Nausícaa, filha do rei Alcinoo vai lavar roupa no rio com as Aias e se depara com Odisseu a quem oferece pronta ajuda, dirigindo-lhe para o palácio real.
Canto VII: Como suplicante Odisseu se dirije a rainha Arete pedindo-lhe ajuda para regressarão seu país e recebe a promessa de ajuda e a hospitalidade.
Canto VIII: Prepara-se um navio que conduzirá Odisseu e é oferecido um banquete. Demódoco o aedo cego canta a “contenda entre Odisseu e Aquiles”. Atingido pelas lembranças, Odisseu chora. Seguem-se os jogos oferecidos por Alcinoo; depois Demódoco volta ao canto com a “história dos amores de Ares e Afrodite”. Trocam-se presentes de hospitalidade. Depois na mesma noite Odisseu pede a Demódoco que lhe cante a “história do cavalo de madeira” e de novo se emociona.
Canto IX: Odisseu revela sua identidade e, a pedido dos Feácios, inicia sua narração das suas aventuras: os lestrigões, lotófagos e o ciclope.
Canto X: continuação da narrativa na ilha de Circe.
Canto XI: Odisseu desce aos infernos para consultar o vidente cego Tirésias, para saber se regressaria a sua Ítaca; fala com heróis e heroínas da Guerra de Troia.
Canto XII: Os episódios das sereias, das vacas do sol e a advertência do oráculo sobre o deus Hélio.
Canto XIII: os marinheiros deixam Odisseu adormecido na sua ilha de Ítaca e partem. Seu navio se petrifica no mar por vingança de Poseidon. Odisseu articula a volta e a vingança dos pretendentes e disfarça-se de mendigo.
Canto XIV: eumeu guardador de porcos do palácio de Odisseu, o recebe porém não o reconhece.
Canto XV: Telêmaco regressa e, com a ajuda de Atena, evita a emboscada dos pretendentes de Penélope.
Canto XVI: Na cabana de Eumeu, enquanto esse foi alertar a Penélope sobre o regresso do filho, Telêmaco é reconhecido por Odisseu.
Canto XVII: Odisseu só foi reconhecido pelo seu velho cão que morre em seguida ao seu retorno. Todos recebem mal o mendigo
Canto XVIII: discussão seguida de uma cena de luta entre Odisseu e um conhecido mendigo de Ítaca de nome Iro. Penélope entusiasma seus pretendentes a darem presentes, prometendo que decidirá em breve qual será o escolhido.
Canto XIX: Odisseu, sem ser reconhecido, garante a Penélope que o dono da casa está para chegar. Euricleia, a antiga ama de Odisseu, lava-lhe os pés e o reconhece por uma cicatriz. Penélope anuncia seu plano para finalmente escolher um dos pretendentes para marido; estranhamente parece ter desistido de esperar pelo regresso de Odisseu.
Canto XX: durante o festim dos pretendentes, sempre insolentes, Odisseu é insultado e maltratado.
Canto XXI: Penélope traz o arco de Odisseu. Terá a sua mão aquele que conseguir fazer passar uma seta pelos buracos de doze machados enfileirados. Só a habilidade militar de Odisseu conseguiria tal feito. E somente ele disfarçado de mendigo acerta.
Canto XXII: Odisseu com a ajuda de Telêmaco do porqueiro e do boiero massacra seus oponentes e maus servidores. Os pretendentes que sobrevivem pedem perdão e prontificam-se a indenizar Odisseu por todo o mal cometido, mas esse permanece inflexível. São poupados apenas o aedo, Fémio e o arauto, enquanto esse massacre perdurou, Penélope dormiu tranquilamente.
Canto XXIII: Penélope reconhece Odisseu somente após esse revelar-lhe segredos de alcova, coisas de cunho íntimo conjugal que somente os dois sabiam.
Canto XXIV: As almas dos pretendentes mortos são conduzidas por Hermes para o Hades. Odisseu visita seu pai Laerte e ao lado do seu filho luta contra as famílias dos pretendentes mortos. A deusa Atena abençoa Odisseu e estabelece a paz.
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